domingo, outubro 07, 2007

A reforma ortográfica do Rafael

Já estamos em época de discutir a possível reforma da língua portuguesa, que unificará as normas em todos os países participantes. Sou contra esta unificação. Se ela vier, vou contrariá-la onde achar que não há sentido. Sou é a favor de nos separarmos mesmo, de uma identidade nossa.

Precisamos rever totalmente esta gramática que usamos, que há tempos já não corresponde ao nosso uso da língua corrente. Em outras línguas, a gramática é um guia para você aprender a falar como todo mundo fala, para não criar sentenças sem sentido. No Brasil, ainda se usa a gramática do Português ibérico. Daí, frases normalíssimas por aqui, como "Me dá um abraço?", são consideradas erradas. O que é "certo" é o que ninguém usa normalmente, só em textos ou ocasiões formais. O brasileiro é tão acostumado a associar "o que é gramaticamente correto" com "o que não se usa normalmente" que coisas como o gerundismo surgem e se generalizam. O sujeito pensa que ele nunca falaria "Eu vou estar transferindo a sua ligação" no seu dia-a-dia, logo isto só pode ser o mais correto.

Mas o que sou mais a favor é de uma radicalização da reforma ortográfica. Vamos transformar esta língua em algo lógico! Pra começar, vamos estabelecer que uma letra só pode ter um fonema associado, e que um fonema só pode ter uma representação na língua. Vamos excluir as dificuldades de ch versus x, s com som de z, c com som de s, x com som de s, z, ch e cs. Vamos excluir o h mudo. Ou, pelo menos, considerar estas novas grafias como igualmente corretas. O Português já incorporou reformas assim no século passado, quando as letras k, w e y foram excluídas (por serem redundantes), assim como o ph, e as consoantes dobradas (menos o rr e o ss, que tinham uma função clara). Está na hora de concluir o que foi começado.

Mais sobre o assunto:

O roto falando do esfarrapado

6 comentários:

Julio César Mulatinho disse...

Gostei das suas idéias, fazem pleno sentido.

Curiosidade sobre o link que você botou: deve fazer uns 4 anos que eu não via um link para o meu blog.

Thaís disse...

Eu concordo que a nossa gramática poderia passar por uma reforma sim. de tempos em tempos, o idioma tem de se modernizar, porque em alguns casos, além de estar em desuso, fica quase ridículo falar em "língua culta". Além do problema dos fonemas e letras, eu proponho o fim da mesóclise! =D
Se bem que eu acho divertido usar a língua culta, me sinto...culta! xD
E eu não li o texto do link, to com preguiça...

Borges disse...

"deve fazer uns 4 anos que eu não via um link para o meu blog"

É mesmo, Julio? Sabe que eu nunca vi um link pra um blog meu?

Borges disse...

Eu sou contra o uso obrigatório da mesóclise, mas deixa ela existir, coitada.

Julio César Mulatinho disse...

Pois agora existe pelo menos um, em mais de 900 trilhões de sites da internet.

Anônimo disse...

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