Os Mamonas Assassinas, apesar do pouco tempo que tiveram, foram uma das melhores bandas dos anos 90 e uma das minhas favoritas até hoje. Foram eles que me fizeram querer ter uma banda — basta ver as músicas mais antigas da Água em Pó para perceber que eu só estava tentando imitá-los. Contudo, pouca gente percebe que por debaixo da fachada de "reis do besteirol" havia uma banda tecnicamente muito boa e com um conhecimento incrível sobre música. Olha só quantas citações a artistas, bandas e músicas os Mamonas fizeram:
Vira-vira: ciações a músicas do Vira cantadas por Roberto Leal, como "Arrebita" e "Bate o Pé".
Chopis Centis: Os acordes e o arranjo são uma citação a "Should I Stay Or Should I Go", do The Clash (embora a seqüência de acordes não seja exatamente a mesma).
Uma Arlinda Mulher: A guitarra faz três acordes antes do refrão começar, como na música "Creep", do Radiohead. Júlio canta uma parte da música imitando o Belchior.
Cabeça De Bagre II: Bento toca "Baby Elephant Walk", de Henry Mancini, e imita a risada do Pica-Pau.
Mundo Animal: Dinho imita o cantor Falcão.
Robocop Gay: Nos shows era tocada a "Melô do Piripiri", da Gretchen, no meio da música.
Bois Don't Cry: O título é uma brincadeira com a música "Boys Don't Cry", do The Cure. São feitas três citações nesta música: uma a "The Mirror", do Dream Theater, outra a "Tom Sawyer", do Rush e no finalzinho é tocado o tema dos ETs do filme "Contatos Imediatos de Terceiro Grau".
Lá Vem o Alemão: Dinho imita o cantor Luiz Carlos, do raça negra e o Netinho de Paula.